Construída a partir da releitura de três tragédias gregas – Antígona, Medeia e Electra –, a peça “Trágica.3” faz duas únicas apresentações em Campo Grande: dias 27 e 28 de novembro, às 20h, no Teatro Aracy Balabanian, como parte do Programa Petrobras Distribuidora de Culura 2015/2016.
Com direção e concepção de Guilherme Leme Garcia, a montagem estabelece um diálogo entre o teatro, as artes plásticas e a música contemporânea. No palco, Denise Del Vecchio interpreta Medeia, Letícia Sabatella assume o papel de Antígona e Miwa Yanagizawa dá vida a Electra. Fernando Alves Pinto e Marcello H integram o elenco como Hêmon e Orestes, respectivamente, e executam a trilha original ao vivo criadas por ele em parceria com Sabatella. Os figurinos são assinados pela estilista Glória Coelho.
Para compor a trilogia, Guilherme Leme Garcia escolheu Medeamaterial. O texto do dramaturgo alemão Heiner Müller (1929-1995) foi escrito a partir de Medeia, tragédia de Eurípedes. O diretor encenou essa peça como ator ao lado da atriz Vera Holtz, na década de 90. Para outros dois textos, o diretor convidou novos autores contemporâneos brasileiros com o intuito de construir um recorte poético a partir de dois clássicos de Sófocles.
A releitura de Antígona foi feita por Caio de Andrade e Electra foi revisitada por Francisco Carlos. DzEles escreveram dois lindos poemas sobre duas heroínas gregasdz, diz o diretor. Tendo como inspiração a obra do artista plástico e iluminador americano James Turrel, a encenação de Antígonareúne movimentos ligados às artes performáticas e aos diversos tipos de cânticos e lamentos musicais.
O processo de construção de “Trágica.3” teve início em 2010, quando Guilherme Leme Garcia criou e dirigiu o elogiado RockAntygona, uma adaptação livre de Caio Andrade para Antígona, de Sófocles (vencedor do Prêmio Shell na categoria Iluminação e eleito pela revista Bravo como um dos melhores espetáculos em cartaz no ano de 2010). “Trágica.3” estreou 2014, no CCBB de São Paulo. Depois fez temporadas nas unidades do CCBB do Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte. Em setembro deste ano, o espetáculo abriu o Beijing Fringe Festival, na China, fruto de uma parceria com o Festival Cena Brasil Internacional.
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